terça-feira, 27 de maio de 2008

Era, outra vez em quando, a Alegria.

Numa tarde traçei um novo plano para o que viria vislumbrar.Enquanto observava o canto dos pássaros, o pingar das pitangas, a aparição angélica dos papagaios e as flores em pompa arroxeadas da canela-de-ema, tinha um demoroso tempo para pensar na vida.ADMIRAÇÃO INTENSA.Sustentava-me delas incessantes alegrias, sob espécie sonhosa, bebida, em novos aumentos de amor.O par de garças proclamava esse amor de ardor, essa paisagem de muita largura, que o grande sol alagava.INTENSA ADMIRAÇÃO.
Quando olhei para a dura rua vi uma menina que passeava com uma espécie de tia-avó, foi quando a menina viu a grandeza das borboletas e riu com todo o coração. Saudou-me um belo sorriso que me fez a meio-gesto.Senti que não me ficava útil dar cara amena, sorri.
A hora era de muito sol-a gente olhava :nas reluzências do ar, parecia que ele estava torto de tanto que brilhava, que nas pontas se empinava.A menina já se ia ... e aqui ficava os intensos brilhos de seu sorriso.
E quando voltei para si, versando para mim, avessa ressonância me perdi no chão cheio de flores que me atravessavam ... Mal havia comido dos doces, a marmelada, da terra, que se cortava bonita, o perfume em açúcar e carne flor.
Tudo, para a seu tempo ser dadamente descoberto, fizera-se primeiro estranho e desconhecido.

Belo,belo!Tinha qualquer coisa de calor, poder e flor, um transbordamento ...

sábado, 24 de maio de 2008

Não morra!

"ahhh ora se não sou eu
quem mais vai decidir
o que é bom pra mim
dispenso a previsão

ahhh se o que eu sou
é tambem o que eu escolhi ser
aceito a condição"

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A persistência da memória - Salvador Dalí


(bom, eu faço história da arte e meu professor havia pedido uma redação pra mim fazendo uma releitura da obra, e eis aqui a mesma, eu não gostei muito, mas o professor gostou ...)


Por:Camila

A persistência da memória é um dos mais famosos quadros de Salvador Dalí um pintor espanhol, nascido em Figueres onde também morreu.

Representado pela flacidez dos relógios dependurados e escorrendo mostram uma preocupação humana,como:tempo e memória. E o próprio Dalí se apresenta na forma de cabeça adormecida que já pode-se observar que também está presente em outros quadros de Dalí.

Na obra contém:um pequeno relógio fechado com algumas formigas em cima que representa algo morto, pois os insetos aparecem só em coisas mortas (Dalí odiava o tempo convencional, achava qua as pessoas poderiam viver muito bem sem as malditas horas), tem um tronco de uma árvore sem flores,o mesmo seco e sem vida alguma com um relógio derretendo em cima dele, tem o obscuro da tela que expressa uma sensação de abismo sem fim e desespero por não ter um término do local, ao fundo da obra aparece uam espécie de montanha (e Dalí sempre ia as montanhas dispersar-se da vida cotidiana) e ao lado da montanha aparece um rio/lago que demonstra algo árido do lado de um rio, paradoxal mesmo.

E as cores amarelo e azul em cima da montanha, o azul sobrecai no amarelo dando um tom/aspecto de frieza e profundidade no quadro, algo como sofredor ...

Essa obra representa o conjunto pelo todo da tristeza e angústia das obras que nos abduzem a um abismo de cor e dor.

E como toda obra do Surrealismo, ela é sem pé e sem cabeça, e que desperta em cada pessoa uma sensação diferente.

Um desesnvolvimento dramático etério...


sábado, 3 de maio de 2008

Nas coxas.


(esse texto que vocês iram ler é do livro "Brasileiros Pocotó" do Luciano Pires, um jornalista muuuuito sensacional, e eu já li esse livro e tinha q colocar esse texto)


País de primeiro mundo tem seus problemas básicos praticamente resolvidos, liberando tempo e energia para coisas importantes, como o lazer.
Seu sucesso deve-se à disciplina, ao comprometimento com os processos.Aos planos bem-feitos, inclusive os de contingência e à repetição de fórmulas prontas.
Dizem que, como no Brasil não temos nem planos, que dirá de contingência criativa e flexibilidade.
Houvesse planos, não teríamos de gastar tanta adrenalina nem fazer nas coxas.
Nas coxas...Esse termo vem do fato das telhas de barro do período colonial terem sido moldadas nas coxas dos escravos, nunca se encaixando direito umas nas outras.Virou sinônimo de coisa mal-feita.
(*...)
Na indústria automotiva brasileira temos milhares de exemplo de soluções que, sob o ponto de vista dos processos de primeiro mundo, seriam consideradas "nas coxas".
Ninguém fabrica motores de 1 litro como os brasileiros.
Ninguém tem tecnologia para alternativas à gasolina como nós, que exportamos conhecimento sobre motores a álcool para o mundo todo.
Nós desenvolvemos um ônibus com motor híbrido que é o melhor do mundo.
Aqui no Brasil nasceu o melhor motor a gás para veículo pesados.
O design do Gol, o carro mais vendido de todos os tempos, é brasileiro.
Verdadeiros achados, que seguem a cartilha brasileira, mais flexível, menos padronizada, mais rápida, do jeito que precisamos.Vejo com satisfação conterrâneos assumindo postos importantes nas operações do primeiro mundo.Claro que eles têm cultura e preparo, mas vencem principalmente pela bagagem brasileira, impregnada de qualidades que faltam aos autômatos do primeiro mundo.
Nossos compatriotas têm predisposição a correr riscos.Não têm problemas em buscar soluções não convencionais.Mudam na hora em que é preciso.E têm expediente para sair das frias como ninguém.
Um dos e-mails que recebi citava um situação hipotética em que no desfile das escolas de samba cada uma fosse coordenada por um país.
Fiquei imaginado ...já pensou a escola de samba alemã?
E a japonesa?
E a norte-americana?
Provavelmente teriam um orçamento de vários milhões de dólares.Um controller para cuidar dos gastos.Consultores para motivar a equipe.Trariam generias para cuidar da logística.Técnicos de Hollywood para os efeitos especiais.Coreógrafos da Broadway para dança.Uns 25 roteiristas para o samba-enredo.E computadores, aos milhares...
O resultado seria um espetáculo tecnicamente perfeito.
Mas sem o sorriso contagiante das baianas desdentadas.
Sem o suor de pura adrenalina de cada componente.
Sem as mãos cheias de feridas, sangrando de prazer, dos meninos de bateria.
Sem os seios das mulatas perfeitas.
Sem as lágrimas de desespero do destaque em cima do carro quebrado.
Sem o povo nas arquibancadas derramando-se sobre a pista.
Sem o tesão.
Olha, desculpem-me os certinhos, mas sou mais o Joca da bateria e o Paulinho Fumaça que, sem dinheiro, sem MBA, sem computador, sem falar inglês, fazem o maior espetáculo da terra.
Nas coxas.


(*... = eu cortei um pedaço do texto por causa que comentava do texto anterior, e logo não faria sentido na leitura)