Durante toda a minha vida mantive uma prodigiosa atividade criadora, espantando o mundo com lucidez e fertilidade literária.Cultivei sempre uma existência tranqüila/eufórica.Discreta e a avessa a publicidade, me dedico a minha vida jornalística, e uma dedicação típica dos velhos artesãos, em escrever um romance por ano e em cuidar das rosas do seu jardim.
Ao longo de meu tempo, também minha técnica se manteve inalterada: desafiar o leitor a resolver uma equação nascida sob mil detalhes secundários, mas, no último instante fazer com que a montagem da narrativa aparentemente complexa se reduza a uma simplicidade absoluta.Assim, o efeito final obtido é o de uma catarse que deixa o leitor satisfeito depois de estar absorvido pelo jogo intelectual que lhe foi proposto.
E ao longo de minha vida, dancei sobre palcos, sobre chãos, sobre ares, mas todos com emoções diferentes, que se alastravam no que meu coração descarregava.Atuei, fiz brilhar tudo ao meu redor, fiz da agonia minha alegria.Mas hoje não faço isso, gostaria de voltar.
Hoje, apenas me dedico a uma vida escolar.
O mistério do pouco de mim.
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