domingo, 25 de outubro de 2009

Um dia

Quando cheguei em casa
pensei
voei, mesmo sem ter asas

A natureza me deixou
mais sensível
sem eu dizer onde estou

Mas, eu quis
não sabia como,
daí não fiz

Era eu,
era você
Só não era meu!

E pra saudade?
eu deixo
o compasso dessa idade

Essa idade,
de amor
sem igualdade

Querendo ser a simetria
que mais tarde
viria

Mas, o que eu gostaria
era dizer
que eu tô curtindo o som que você queria!

Dentro do compasso
das suas notas,
no instante de seu passo

Só não vai esquecer
que eu já te vi
ao sol de um amanhecer

Com a cara amassada
babada
e esticada

Do desejo
que ainda
eu vejo!

2 comentários:

Fernando disse...

Mesmo a pessoa querendo com todas as forças "esquecer", isso não é tangível. Algo (de bom ou ruim) há de vir à memória! Até sentimentos esmagados vêm à tona, como a feia - porém bela, porque única - flor que brota do seco asfalto da cidade. Ou, quem sabe, a primeira flor de muitas a desabrochar. Se da mesma cor ou de cor diferente, se com o mesmo número de pétalas, ou mais, ou menos, isso se vê somente com o tempo. O tempo dirá, esperançosamente, dirá.

Lucas Pascholatti Carapiá disse...

Eu juro que tinha lido tal poema muito antes! E achei lindo! E juro que me vi nele, acho que foi para mim, mas não sei... Mas juro que tinha achado lindo... Não importa o que nele há! Eu achei muito bonito e emocional!