domingo, 25 de outubro de 2009

Um dia

Quando cheguei em casa
pensei
voei, mesmo sem ter asas

A natureza me deixou
mais sensível
sem eu dizer onde estou

Mas, eu quis
não sabia como,
daí não fiz

Era eu,
era você
Só não era meu!

E pra saudade?
eu deixo
o compasso dessa idade

Essa idade,
de amor
sem igualdade

Querendo ser a simetria
que mais tarde
viria

Mas, o que eu gostaria
era dizer
que eu tô curtindo o som que você queria!

Dentro do compasso
das suas notas,
no instante de seu passo

Só não vai esquecer
que eu já te vi
ao sol de um amanhecer

Com a cara amassada
babada
e esticada

Do desejo
que ainda
eu vejo!